Desilusão

Já houve algumas desilusões nestes 37 anos de vida. Umas maiores, mais profundas, que deixaram marcas dolorosas; outras mais pequenas, que foram sarando com o tempo.

Hoje, ingenuamente, foi o dia de mais uma.
Não posso dizer que tenha sido das maiores ou sequer das menores.
Foi, sim, uma desilusão que fez correr lágrimas.
Ontem, houve uma ameaça, hoje a concretização. A “espera” em si, a esperança vã da não concretização, deixou marcas.

Desiludimo-nos porque criamos uma ilusão na nossa mente, no nosso coração. Desiludimo-nos com os pequenos gestos, com as pequenas acções, com as palavras que são ditas, ou que não o sendo, ecoam sempre na nossa cabeça.

Dizemos para nós mesmos: Isso não tem importância. Há problemas e chatices tão grandes. Não percas tempo. Olha para o lado, finge que não vês.
Como eu gostaria de saber, de conseguir, fazer isso. De ser imune. De ser dura. Que as coisas fizessem ricochete ao atingir-me… melhor ainda, eu teria um escudo protector em meu redor.

A desilusão é como uma dor. Pode não ser forte mas é constante e provocadora. Não nos abandona ou pelo menos leva algum tempo até desvanecer completamente.

Hoje estou assim, metida para dentro, em posição fetal. De olhos fechados. À espera de acordar e de ver que é tudo um sonho mau, feio, mesquinho, desnecessário e injustificável.

1 notas:

zarah disse...

deixo-te um abraço grande, a cruzar o ciber-espaço até aí... Não sei o que se passou, mas creio (infelizmente) conhecer esse sentimento.
beijinhos******