Talento #1


Já chegou há uns dias. Uma encomenda que superou expectativas.

Porque há coisas únicas que devemos estimar, pois aquilo que é feito com dedicação e amor transparece nos detalhes. E as fotos não fazem jus... mas é o que consigo captar, falta-me o talento de fotografa ;-). Mas para mais detalhes ver aqui e aqui o que cá chegou.

Até breve A. eu vou continuar atenta, beijinhos.

P. o menino mais sujo do piquenique












Hoje fomos a um piquenique. Sabem há quanto tempo eu não fazia um piquenique? Faz tantos anos que não recordo essa última vez. Foi bom recordar os velhos tempos, agora que somos mais velhos e que temos todos miúdos pequenos.
Para o P. foi a primeira vez. Primeiro estranhou os pezinhos sujos, porque foi de sandálias, mas depois para o fim do dia já não eram só os pés sujos, todo ele estava sujo, mascarrado, mas bem disposto e alegre. Correu, saltou, jogou à bola… portou-se menos bem com alguns dos amigos, e alguns também se portaram menos bem… são crianças, é normal.
Ao todo 5 casais, no global 7 crianças.
Muito boa disposição, risos abertos. A música (dispensável) provinha sonora dos carros estacionados nas redondezas, enfim há quem goste de dar música ao pessoal, mas nada que não nos fizesse rir.
Para a semana há mais, a experiência entusiasmou-nos e para a semana lá estaremos. O P. irá levar ténis, isso é seguro. Talvez para a semana já não ganhe o título com que foi honrado hoje, o menino mais sujo do piquenique. E a fotografia não me deixa mentir.

Recordação #3

Mais umas musiquinhas para o fim-de-semana, não resisto, desculpem o massacre ;-).

Se tivesse de escolher as minhas preferidas dos The Cure seriam (Top 3):

A forest - Robert Smith tão novinho e com pouca pintura :-)
http://www.youtube.com/watch?v=HY7wuV_C1oI
Jumping on someone else's train
http://www.youtube.com/watch?v=ozh1y7zI0r8&feature=related
Burn
http://www.youtube.com/watch?v=yzHzHbeRYSc&feature=related

Reflexão #11

Talento. O que é o talento?
Na minha opinião, a maioria de nós tem algum talento inato, mas creio que muitos de nós ou não tem condições para o desenvolver/manifestar ou, então, não tem coragem/vontade para o fazer. Depois haverá aqueles que não tendo qualquer talento, conseguem pelas suas acções ou situação social fazer crer aos demais que são talentosos (mas até isto compreende algum talento, certo?).

Seja como for, tradicionalmente o talento implica um reconhecimento por parte dos outros, não é algo que se possa simplesmente apregoar, tem de ser reconhecido pela sociedade sob pena de não existir (hum…?).

Mas será que o talento só se pode aplicar à área artística ou cultural, por exemplo? Não. Na minha opinião (e daí o inicio – a maioria de nós tem algum talento inato), até a realização das nossas actividades diárias implicam algum talento, até algumas das nossas características em termos de carácter implicam algum talento, e nesse sentido merecem ser reconhecidas: ser-se um bom/responsável educador, ser-se um bom profissional no meio da incompetência que grassa neste mundo, ser-se um ser humano equilibrado e justo. Mas quem é que vai reconhecer isso?

Pessoalmente não me preocupa não possuir um (ou mais :-)) talento reconhecido. Sei que possuo alguns pequenos talentos que são pontualmente reconhecidos pelos alvos das minhas acções e princípios de vida (mas lá está o reconhecimento... ai, ai).

E se eu morrer sem que o mundo me tenha reconhecido algum dom? Não é isso que confere a imortalidade ao ser humano? O ser-se reconhecido e recordado pelas gerações vindouras? Não faz mal, fico satisfeita apenas com a capacidade/possibilidade que tenho de (re)conhecer alguns talentos nos outros e em valorizar aqueles que considero possuir, e tentar fazer o melhor possível com ambos.

Será que isto faz sentido?

Hoje estou com minha auto-estima lá em cima :-D.
Bom fim-de-semana.

Lei do eterno retorno #2

E porque adoro a reciclagem musical especialmente quando é relativa a grupos que gosto, feita com criatividade por grupos que gosto...
Radiohead
E não se atrevam a falar mal dos anos 80 ;-)

Reflexão #10

A vida continua depois da morte.
Quantas vezes já ouviram esta afirmação? Vezes sem conta, certamente. Acreditam?
Já acreditei mais do que hoje, também já fui mais jovem e esperançosa, é um facto :-P.
Agora sou mais cautelosa e critica face à crescente credulidade que polula por aí.
Poderão perguntar-me, em jeito de provocação, se já fui a um(a) "vidente". Sim, duas vezes. Uma numa fase de desespero e outra (uma pessoa conhecida) recentemente apenas como experiência. Correu bem? Não sei, sinceramente. Tanto numa como noutra situação o que foi transmitido bateu certo, não foi nada alarmante, pelo contrário, funcionou como um placebo, um acalmar de ansiedades. Pelo que dizem as cartas sou uma boa pessoa... e seu eu fosse má teriam dito? Bom, mas o que quero dizer é que mesmo eu, que sou tão ceptica e curiosa ao mesmo tempo, tenho as minhas dúvidas sobre a afirmação inicial.
Mesmo que a vida continue depois da morte, que vida é essa? Para quê pensar nisso, se o que interessa é aproveitarmos esta que agora temos e que partilhamos com aqueles que amamos? Como seres humanos temos medo de não fazer falta a alguém depois da nossa morte, somos tão importantes que tem de haver algo. As crianças tem dificuldades em perceber como é que é possivel ter existido algo ou alguém antes da sua existência, não é? Então, qual o por quê de nós (já adultos) aceitarmos que depois disto voltamos à estaca zero... a vida continua sim, para os que cá ficam. E é assim que deve ser.

Lei do eterno retorno #1

Hoje estou romântica... muito romântica. Será do calorzinho que se tem feito sentir?
Lá, lá, lá...

Na sequência, hoje rodam em repeat por estas paragens alguns clássicos revistos ;-) e que bem revistos pelos Nouvelle Vague

http://br.youtube.com/watch?v=6vn0PvvS1zs&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=l4efME9Vnlc&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=1SpZXU61hCI&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=rt8vRmp9iMs&feature=related

Recordação #2

Porque os anos 80 marcaram estruturalmente o meu gosto musical, não posso deixar de recordar duas vozes femininas que ainda hoje me acompanham...

Siouxsie Sioux (a deusa "demoníaca") e Elisabeth Fraser (o anjo)... é esta a dualidade que me apaixona.

Desconfiança #1

Exames de aferição
Provas registam melhores resultados que no ano passado
Melhoraram os resultados nas provas de aferição dos 4º e 6º anos de escolaridade.
Foi a Matemática que se registaram as maiores melhores. (ver mais aqui)

Estou um pouco surpreendida com os bons, ou com os melhores resultados dos exames... é de desconfiar porque não acredito que o sistema educativo (um sistema pesado, com uma inércia substancial) em apenas 1 ano consiga evoluir tão rapidamente... se isto fosse um Estudo de Mercado, eu ficaria muito preocupada com o instrumento de recolha da informação (pelo menos). Mas, fell free to correct me, ok?

Reflexão #9

D. José Policarpo estranha associação de ateus.

O cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, comentou hoje a criação da Associação Ateísta Portuguesa (AAP), considerando inédito que os ateus em Portugal se estejam a organizar numa comunidade parecida com as comunidades crentes. (texto retirado daqui)

Eu não estranho nada, aliás como indivíduo intelectualmente activo, nada me espanta… perdão, excepto o espanto dos outros.
Então, estranha-se a liberdade de associação em Portugal? Pois eu não estranho, acho muito bem, quantas mais associações exsitirem neste país melhor, é isso que faz falta, associação, união, colaboração… ups, será que isto está a soar um pouco vermelhinho??? Desculpem, será que incomodei alguém, pisei o risco?

Sinceramente, considero que vou, dentro em breve, sugerir a constituição de uma associação com o intuito de agregar no seu seio as pessoas que, embora tendo valores de esquerda/direita, não se revêem nos partidos da esquerda/direita, que não sendo religiosas ou ateias (tem dias, é mesmo assim) gostam de debater o tema e fazer perguntas heréticas (ou não, não sei porque ainda não li os sagrados manuscritos TODOS), e que tem uma série de outras dúvidas existenciais que as transformam em pessoas sinceramente chatas e aborrecidas para aquelas que têm tantas certezas.
Que tal? Alguém se associa desde já a este movimento? Sim… não… ah, pois… vamos reflectir não é?

Música #1

PJ Harvey... uma das minhas vozes femininas predilectas. Neste último álbum (White Chalk) consegue (re)capturar aquilo que para mim é essencial na música - tocar-me profundamente, sem razão aparente, levar-me às lágrimas e simultaneamente transmitir uma sensação de euforia desmesurada, de felicidade... (algo semelhante? Só fazer o amor ;-) )

Como não sei colocar os vídeos no blog, coloco uma ligação para o youtube, com a canção que dá título ao álbum (aqui numa versão um pouco mais intimista): http://br.youtube.com/watch?v=CrCQbrFCQ1I

Enjoy... I already do.

Yoga #1

Acerca de 1 mês atrás iniciei a prática de Yoga. Acerca de 1 mês atrás eu não sabia, decididamente, no que me estava a meter. Eu explico:
- parece fácil, não é? Pois NÃO é, não.
- o que ainda parece ser o mais fácil - a Respiração – é de facto, para já, o mais difícil para mim.

Mas estou entusiasmada porque é um desafio, assumidamente; porque sinto que me faz bem, mais em termos de capacidade de relaxamento e de concentração do que fisicamente (para já); e porque me revejo nalguns ensinamentos e atitudes perante o Universo.

Mas o Yoga que eu pratico, o Samkhya, é eminentemente prático/fisico e não espiritual. É um dos vários sistemas de filosofia indiana e é considerado o mais antigo. Não existe nem divindade suprema, nem alma suprema, o que o faz ser classificado como ateísta por alguns. Assim, estou confortável. Posso ser livre nesta prática milenar, sem restrições espirituais, alimentares e outras tão em voga.

Recordação #1

E foi com esta musica em 1985 que tudo começou. Reconhecem?
(Ainda é uma das minhas favoritas dos "meus" DM)
http://br.youtube.com/watch?v=QKNmJmJMlXc&feature=related

Shake the Disease
I'm not going down on my knees,
Begging you to adore me
Cant you see its misery
And torture for me
When Im misunderstood
Try as hard as you can,
I've tried as hard as I could
To make you see
How important it is for me

Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these

Understand me

Some people have to be
Permanently together
Lovers devoted to
Each other forever
Now Ive got things to do
And Ive said before that
I know you have too
When Im not thereIn spirit I'll be there

Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these

Understand me

Reflexão #8

Sei que neste mundo há pessoas com as quais não nos identificamos. É normal e até acho que seja saudável essa não identificação. É nesse ponto que reside a humanidade de cada um de nós, os detalhes em que não nos revemos mas com os quais aprendemos a viver, uns melhor do que outros, é claro.

Mas, depois há aquelas pessoas que nos encostam a um canto, como se fossemos um objecto, julgando-nos da sua posição sobranceira e privilegiada. Privilegiada não por mérito próprio, mas por arrogância e conveniência, pessoas que mudam de máscara quando querem e a seu interesse. Utilizam todos ao seu redor, uns com sorrisos porque lhes convém, outros com atitudes secas e paternalistas quando esse outro não corresponde a um determinado estereótipo.
E é assim, hoje tinha de desabafar…

Pediatra (consulta dos 3 anos)

Fomos hoje à consulta com o P.
(Chorou pouco face às anteriores consultas, menos mal, temos homem).

Indicadores
- 15 quilos e 800 gr (percentil 75)
- 1 metro e 02 cm (percentil 90)

Resumo: grandalhão.

De resto tudo ok, apesar do cócó ser feito a pedido mas na fralda (sem stress) e de irmos ao ortopedista dia 24 de Junho porque junta um pouco os joelhos e afasta os pézinhos... tipo pato :)

Reflexão #7

Uma bela noticia:
Anda tudo doido com os portugueses
UEFA e suíços nunca viram nada assim com uma equipa europeia. Romaria de milhares para ver treino da equipa portuguesa deixou todos espantados.
A UEFA a abriu a boca de espanto perante os 12 mil adeptos que marcaram presença no último treino em Neuchatel.Loucura completa e a bola ainda não começou a rolar, também os suíços fazem vénia a Portugal.

___
Sabem, não posso mais. Não posso mais expressar a minha sincera tristeza por esta insanidade que ronda o europeu 2008.
Então, os suíços fazem a vénia a Portugal? Espantoso, um bom motivo de orgulho para nós portugueses. Somos admirados por esse mundo fora pelo nosso futebol, corrijo, pelo espectáculo mediático em que se transformou o futebol nacional. Pelo histerismo nas bancadas num mero treino. Não temo que me acusem de falta de patriotismo, gosto de futebol q.b., fico feliz se ganhamos e triste se não ganhamos, mas para mim não é uma questão de vida ou de morte, como me quer parecer para alguns (temo que para a maioria - não por pretensiosismo mas porque, sinceramente, 22 tipos a correr atrás de uma bola [não contei com os senhores do apito], é um bom entretenimento (ok), mas não será mais do que isso).
O que me horroriza é a nossa incapacidade de nos motivarmos para causas que podem ser mais nobres e justificáveis nos dias de hoje. Não vejo vontade, interesse por temas tão importantes como a justiça, a segurança, a economia… Será que estes temas são apenas para os que pretendem ingressar na política? As pessoas estão amorfas, sou só eu que vejo isso? Estarei velha e rezingona?

Há pouco tempo via uma reportagem na televisão em que um cidadão de um país nórdico dizia (mais ou menos): Temos uma boa qualidade de vida, mas descontamos para isso, é bom viver aqui. Ora bem, será que alguma vez iremos falar assim, ou vamos continuar neste marasmo, a agradecer que pensem por nós, que façam por nós, a desejar o regresso dos tempos da “velha senhora” (neste caso, senhor)?

Quando afloram à minha (linda :-)) cabecinha estes temas, lembro-me sempre do nosso Fernando Pessoa e, em particular, da seguinte parte da sua belíssima obra Mensagem:

Nem rei nem lei,
nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer - Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!

3 anos


Faz hoje três anos que nasceste.
Faz hoje três anos que ganhei nova vida.
Segue o teu caminho meu filho que eu estarei sempre a teu lado para te ajudar, quando necessário, e para te incentivar sempre.