Hasta la vista
Hasta la vista.
Filho Emprestado
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O M. da P.
O M. é o menino da minha amiga P. Estou muito contente e orgulhosa por ter sido uma das escolhidas e tentarei, dentro da medida do possível, cumprir com o meu papel de madrinha.
Os amigos são uma das melhores coisas da nossa vida. Por vezes desentendem-se, desencontram-se, mas os verdadeiros continuam mesmo que por vezes não pareça.
Eu e a P. estivemos afastadas durante uns tempos. Para mim foi muito tempo, até porque coincidiu com o nascimento do meu P. e nessa altura precisamos dos que nos são queridos. Não pude partilhar a minha alegria com a minha amiga. Mas tinha a certeza que as coisas mudariam.
Quando soube que a P. estava grávida foi uma excitação, uma alegria enorme para mim. Depois vieram uns tempos complicados para a P., nessa altura reaproximamo-nos e desde aí temos tentado recuperar o tempo. Lembro-me da noite em que o M. nasceu. Soube que a P. tinha ido para o hospital e ao longo do dia a minha amiga não me saiu minha cabeça. À noite, o M. ainda não tinha nascido, liguei para a mãe da P. já muito tarde, noite alta, para ter novidades. Depois finalmente uma mensagem, estava tudo bem com a mãe e com o M. Era uma quinta-feira, não me esqueço. Pensei bem agora só no fim-de-semana é que irei vê-la. Mas não, não podia ser, saí do trabalho, corri para o hospital, fiz um choradinho ao segurança e lá fui ver a P. e o M. Tinha de os ver naquele dia, não podia ser mais tarde. Há coisas que devem ser feitas no momento devido, no momento certo. Algumas serão certamente: estar lá para um amigo, não deixar de dizer amo-te e abraçar aqueles que precisam.
Reflexão #6
Sabem quantos emails e afins já euzinha recebi sobre o tema Mulheres? Falo daqueles emails em que alguém, bem-intencionado, se lembrou de escrever que nós mulheres somos maravilhosas, que nos sacrificamos todos os dias e mais não preciso dizer, estarão neste momento a reconhecer o conteúdo dos mesmos, certamente.
Não questiono a sua veracidade, não me cabe a mim validá-la sequer, mas há coisas que me deixam perplexa. Segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948, no seu ARTIGO 1.º está escrito para quem queira ler: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Pessoalmente, acho que seria mais construtivo para todos (homens e mulheres) se nos esforçássemos por compreender e aceitar. Idiossincrasias todos temos, algumas eventualmente inerentes ao nosso sexo, aceito, mas isso faz de nós mulheres melhores ou piores? Não penso que assim seja, o sermos XX ou XY é um acaso da natureza. Considerem o seguinte: Um ser humano possui 46 cromossomas (23 pares: 22 mais um par sexual, XX ou XY, respectivamente, mulher ou homem). Durante o acto sexual, o homem liberta espermatozóides (células vivas) que se encontrarão com um óvulo (outra célula viva) da mulher. Nenhuma destas células vivas é ainda humana; são células sexuais. O encontro de ambas dá origem a uma única célula com 46 cromossomas: 23 pares, sendo um deles, sexual (XX ou XY).
Reflexão #5
Alguém sabe o que é a Okoball? Segundo a informação no site http://www.okoball.com/
ÖKO-BALL é uma versátil invenção científica que funciona como um produto natural, melhorando a nossa saúde e bem estar, preocupando-se com a protecção do meio ambiente.
Elimina a quantidade de detergentes lançada na natureza;
Reduz o consumo de água no processo de lavagem;
Reduz o consumo de energia da máquina de lavar;
Protege a saúde da pele contra resíduos químicos nas roupas;
Elimina o bolor e os organismos patogénicos da máquina de lavar;
Poupa 80% dos gastos com a lavagem das roupas.
Óptimo, mais um problema resolvido! Mas, e como funciona? Onde podemos comprar? Quando custa? Estas e outras questões se levantam. Por exemplo, se é tão bom porque é que ainda não se falou deste produto que parece ser apenas do conhecimento de alguns carolas (eu não me incluo aqui porque só conheço o nome e nada mais)?
De resto, acho que há muita falta de informação sobre a questão do ambiente. O ambiente é um valor, um valor como muito potencial económico, verdade seja dita. Que empresa não tem actualmente uma imagem amiga do ambiente? E, sinceramente, acham que as coisas estão a melhorar nesse departamento? Eu tenho as minhas sinceras dúvidas. Ao que sei, do que enviamos para reciclagem uma percentagem elevada não é reutilizada, ao que parece os centros de reciclagem não tem capacidade para tratar tantos resíduos. Depois, há muitos equipamentos como os telemóveis e afins que tem cada vez mais um tempo de vida reduzido. O que é feito a esses equipamentos?
Eu tento fazer alguma coisa, mas tenho a amarga sensação que, por um lado, será pouco (mas mesmo assim melhor que nada) e, por outro, que nesta coisa da reciclagem e da reutilização há muito que se lhe diga.
Reflexão #4
Muitas são as razões, é claro, mas as mais prementes são as que vejo diariamente serem repetidas nos noticiários: as desgraças ambientais, as loucuras de pais e mães (e outros) que insistem em magoar, em maltratar, em fazer passar pelo inferno aqueles que é suposto amarem e protegerem, a loucura da crise económica e social pela qual o mundo atravessa, enfim, é necessário continuar com o rol de chorrilhos?
Mas há depois um outro nível, o nível menos decorrente da pressão mediática, e que tem a ver com aquilo que vejo. E o que vejo?
Deixem-me fazer um pequeno parêntesis para, antecipadamente, comunicar que daqui para a frente a coisa pode ficar feia, ou melhor, pode roçar o pessimismo (nisto sou um pouco herdeira do nosso espírito luso). Confesso que não gosto de ser assim, tento ter uma aproximação positiva às pessoas, às coisas, à vida, mas, inevitavelmente, este ratinho que se esconde dentro de mim não resiste e mostra os seus bigodes, o cheiro do queijo é por demais intenso (esta analogia ao rato, não sei de onde veio… até porque tenho algum carinho pelos ditos desde que vi o Ratatouile). Bem, continuando…
As pessoas são frias e distantes, estão despreocupadas com o amanhã. Isso assusta-me, o Hoje no meu entender não existe, o Hoje é aquele momento que vivemos agora… ups! já passou, é Passado. As nossas acções têm consequências. Os pais queixam-se que têm muito trabalho, que passam muito tempo fora de casa, mas aos fins-de-semana e afins é vê-los a correr pelos centros comerciais e nos restaurantes, stressados com os filhos que teimam em querer ser crianças (caramba, não sabe estar quieto)… Agora, com os dias maiores e bonitos porque é que não vão à praia, ao parque, enfim fujam da lufa-lufa, é fácil. Depois, ouvimos falar que há tanta criancinha hiper-activa, hum, não será mais tanta criancinha a solicitar atenção?
As meninas são educadas para serem vaidosas, arrogantes e superficiais. A publicidade é disso uma prova: meninas pintadas, com roupas que parecem pertencer às irmãs mais velhas (na maioria com mau gosto) e com aquele ar irritante de miúdas convencidas. Os rapazes são educados para serem machões, brutos e insolentes. É só escolher, porrada todo o dia, wrestling diário com tudo e com todos, muitos vídeos jogos de embrutecimento (ai desculpem, deveria ter escrito, entretenimento).
E porque é que eu acabo sempre, mas sempre, por falar nesta questão dos pais e dos filhos? Porque os nossos filhos são o futuro mas este depende de nós, somos nós que os educamos, que os acompanhamos. Sou mãe galinha, de resto como todas as mães, nem mais nem menos. Mas quero ser a Mãe do(s) meu(s) filho(s), não necessariamente a amiga. Pois é, cá estou eu a ser politicamente incorrecta: que mãe moderna é que diz que não quer ser amiga? Por favor, leiam: eu não disse que não queria ser amiga, eu disse e repito, não quero ser a amiga. Eu explico. O Mundo rapidamente ensinará às nossas crianças que existe Frustação, que existe um Não, que a vida é uma Incógnita e que as certezas de hoje se desvanecem rapidamente. O que pretendo é ensinar que tudo isto existe e dar as ferramentas para que o amanhã seja mais fácil de gerir, para que cada Frustração, Não ou Incógnita seja uma fonte de energia para novos passos e novos desafios e que não sejam sempre uma fonte de incapacidade e de dor. A mãe/O pai que dá sem ensinar, que quer proteger de tudo não educa, comete o erro de não preparar e de criar pessoas que não sabem dar valor a nada porque tudo tem… se um dia perderem isso dificilmente saberão gerir a sua vida.
Serei perfeita? Não, erro muitas vezes e são tantos os momentos que me questiono se estarei a agir bem, a educar bem. Enfim, não sei, mas questiono-me e esforço-me, como tantos pais por este mundo fora. Tenho pena de não poder fazer o mesmo por tantas crianças por aí.
Isto fez-me lembrar a letra de uma musica que reza assim: you may not change the world, but you can change a vote...