Hasta la vista

Hasta la vista. Sim vou entrar de férias, pouco tempo mas vai ser óptimo. Ao contrário do que o título do post pode sugerir não vou para fora, embora possamos considerar que a Madeira é um lugar à parte, eventualmente fora (do quê, não interessa agora, não é?). Mas, mais importante do que sair do meu local habitual de nidificação é ir passar/gozar quality time com o meu rebento e com o meu sócio :)
Hasta la vista.

Filho Emprestado


Cá está o M. (da P.). O Baptizado foi uma cerimónia sentida, cheia de espírito e amizade. Muitos sorrisos, muita alegria e amor em redor daquele menino pequenino que celebrou o seu 1º ano de vida. A mãe estava linda e orgulhosa do seu rebento.
Para a minha mana do coração e para o meu filho emprestado, muitos beijinhos - Amo-vos muito.

O M. da P.

No próximo Domingo (dia 11) faz anos o M. e eu vou ser uma das suas madrinhas de baptismo.
O M. é o menino da minha amiga P. Estou muito contente e orgulhosa por ter sido uma das escolhidas e tentarei, dentro da medida do possível, cumprir com o meu papel de madrinha.
Os amigos são uma das melhores coisas da nossa vida. Por vezes desentendem-se, desencontram-se, mas os verdadeiros continuam mesmo que por vezes não pareça.
Eu e a P. estivemos afastadas durante uns tempos. Para mim foi muito tempo, até porque coincidiu com o nascimento do meu P. e nessa altura precisamos dos que nos são queridos. Não pude partilhar a minha alegria com a minha amiga. Mas tinha a certeza que as coisas mudariam.
Quando soube que a P. estava grávida foi uma excitação, uma alegria enorme para mim. Depois vieram uns tempos complicados para a P., nessa altura reaproximamo-nos e desde aí temos tentado recuperar o tempo. Lembro-me da noite em que o M. nasceu. Soube que a P. tinha ido para o hospital e ao longo do dia a minha amiga não me saiu minha cabeça. À noite, o M. ainda não tinha nascido, liguei para a mãe da P. já muito tarde, noite alta, para ter novidades. Depois finalmente uma mensagem, estava tudo bem com a mãe e com o M. Era uma quinta-feira, não me esqueço. Pensei bem agora só no fim-de-semana é que irei vê-la. Mas não, não podia ser, saí do trabalho, corri para o hospital, fiz um choradinho ao segurança e lá fui ver a P. e o M. Tinha de os ver naquele dia, não podia ser mais tarde. Há coisas que devem ser feitas no momento devido, no momento certo. Algumas serão certamente: estar lá para um amigo, não deixar de dizer amo-te e abraçar aqueles que precisam.

Reflexão #6

Ando às voltas com um assunto que me irrita solenemente e que, vira e mexe, teima em vir à baila. A temática do género feminino. Já desabafei isto com algumas (poucas) pessoas, mas hoje tenho de tornar “pública” esta minha opinião politicamente incorrecta. Serei seguramente crucificada por alguns mas não quero saber.
Sabem quantos emails e afins já euzinha recebi sobre o tema Mulheres? Falo daqueles emails em que alguém, bem-intencionado, se lembrou de escrever que nós mulheres somos maravilhosas, que nos sacrificamos todos os dias e mais não preciso dizer, estarão neste momento a reconhecer o conteúdo dos mesmos, certamente.
Não questiono a sua veracidade, não me cabe a mim validá-la sequer, mas há coisas que me deixam perplexa. Segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948, no seu ARTIGO 1.º está escrito para quem queira ler: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Pessoalmente, acho que seria mais construtivo para todos (homens e mulheres) se nos esforçássemos por compreender e aceitar. Idiossincrasias todos temos, algumas eventualmente inerentes ao nosso sexo, aceito, mas isso faz de nós mulheres melhores ou piores? Não penso que assim seja, o sermos XX ou XY é um acaso da natureza. Considerem o seguinte: Um ser humano possui 46 cromossomas (23 pares: 22 mais um par sexual, XX ou XY, respectivamente, mulher ou homem). Durante o acto sexual, o homem liberta espermatozóides (células vivas) que se encontrarão com um óvulo (outra célula viva) da mulher. Nenhuma destas células vivas é ainda humana; são células sexuais. O encontro de ambas dá origem a uma única célula com 46 cromossomas: 23 pares, sendo um deles, sexual (XX ou XY).

Reflexão #5

Alguém sabe o que é a Okoball? Segundo a informação no site http://www.okoball.com/
ÖKO-BALL é uma versátil invenção científica que funciona como um produto natural, melhorando a nossa saúde e bem estar, preocupando-se com a protecção do meio ambiente.
Elimina a quantidade de detergentes lançada na natureza;
Reduz o consumo de água no processo de lavagem;
Reduz o consumo de energia da máquina de lavar;
Protege a saúde da pele contra resíduos químicos nas roupas;
Elimina o bolor e os organismos patogénicos da máquina de lavar;
Poupa 80% dos gastos com a lavagem das roupas.

Óptimo, mais um problema resolvido! Mas, e como funciona? Onde podemos comprar? Quando custa? Estas e outras questões se levantam. Por exemplo, se é tão bom porque é que ainda não se falou deste produto que parece ser apenas do conhecimento de alguns carolas (eu não me incluo aqui porque só conheço o nome e nada mais)?
De resto, acho que há muita falta de informação sobre a questão do ambiente. O ambiente é um valor, um valor como muito potencial económico, verdade seja dita. Que empresa não tem actualmente uma imagem amiga do ambiente? E, sinceramente, acham que as coisas estão a melhorar nesse departamento? Eu tenho as minhas sinceras dúvidas. Ao que sei, do que enviamos para reciclagem uma percentagem elevada não é reutilizada, ao que parece os centros de reciclagem não tem capacidade para tratar tantos resíduos. Depois, há muitos equipamentos como os telemóveis e afins que tem cada vez mais um tempo de vida reduzido. O que é feito a esses equipamentos?
Eu tento fazer alguma coisa, mas tenho a amarga sensação que, por um lado, será pouco (mas mesmo assim melhor que nada) e, por outro, que nesta coisa da reciclagem e da reutilização há muito que se lhe diga.

Reflexão #4

Há dias em que tenho a certeza que o mundo ensandeceu (e reparem não digo que o mundo está a ensandecer). E o que me faz ter este desabafo?
Muitas são as razões, é claro, mas as mais prementes são as que vejo diariamente serem repetidas nos noticiários: as desgraças ambientais, as loucuras de pais e mães (e outros) que insistem em magoar, em maltratar, em fazer passar pelo inferno aqueles que é suposto amarem e protegerem, a loucura da crise económica e social pela qual o mundo atravessa, enfim, é necessário continuar com o rol de chorrilhos?
Mas há depois um outro nível, o nível menos decorrente da pressão mediática, e que tem a ver com aquilo que vejo. E o que vejo?

Deixem-me fazer um pequeno parêntesis para, antecipadamente, comunicar que daqui para a frente a coisa pode ficar feia, ou melhor, pode roçar o pessimismo (nisto sou um pouco herdeira do nosso espírito luso). Confesso que não gosto de ser assim, tento ter uma aproximação positiva às pessoas, às coisas, à vida, mas, inevitavelmente, este ratinho que se esconde dentro de mim não resiste e mostra os seus bigodes, o cheiro do queijo é por demais intenso (esta analogia ao rato, não sei de onde veio… até porque tenho algum carinho pelos ditos desde que vi o Ratatouile). Bem, continuando…

As pessoas são frias e distantes, estão despreocupadas com o amanhã. Isso assusta-me, o Hoje no meu entender não existe, o Hoje é aquele momento que vivemos agora… ups! já passou, é Passado. As nossas acções têm consequências. Os pais queixam-se que têm muito trabalho, que passam muito tempo fora de casa, mas aos fins-de-semana e afins é vê-los a correr pelos centros comerciais e nos restaurantes, stressados com os filhos que teimam em querer ser crianças (caramba, não sabe estar quieto)… Agora, com os dias maiores e bonitos porque é que não vão à praia, ao parque, enfim fujam da lufa-lufa, é fácil. Depois, ouvimos falar que há tanta criancinha hiper-activa, hum, não será mais tanta criancinha a solicitar atenção?
As meninas são educadas para serem vaidosas, arrogantes e superficiais. A publicidade é disso uma prova: meninas pintadas, com roupas que parecem pertencer às irmãs mais velhas (na maioria com mau gosto) e com aquele ar irritante de miúdas convencidas. Os rapazes são educados para serem machões, brutos e insolentes. É só escolher, porrada todo o dia, wrestling diário com tudo e com todos, muitos vídeos jogos de embrutecimento (ai desculpem, deveria ter escrito, entretenimento).
E porque é que eu acabo sempre, mas sempre, por falar nesta questão dos pais e dos filhos? Porque os nossos filhos são o futuro mas este depende de nós, somos nós que os educamos, que os acompanhamos. Sou mãe galinha, de resto como todas as mães, nem mais nem menos. Mas quero ser a Mãe do(s) meu(s) filho(s), não necessariamente a amiga. Pois é, cá estou eu a ser politicamente incorrecta: que mãe moderna é que diz que não quer ser amiga? Por favor, leiam: eu não disse que não queria ser amiga, eu disse e repito, não quero ser a amiga. Eu explico. O Mundo rapidamente ensinará às nossas crianças que existe Frustação, que existe um Não, que a vida é uma Incógnita e que as certezas de hoje se desvanecem rapidamente. O que pretendo é ensinar que tudo isto existe e dar as ferramentas para que o amanhã seja mais fácil de gerir, para que cada Frustração, Não ou Incógnita seja uma fonte de energia para novos passos e novos desafios e que não sejam sempre uma fonte de incapacidade e de dor. A mãe/O pai que dá sem ensinar, que quer proteger de tudo não educa, comete o erro de não preparar e de criar pessoas que não sabem dar valor a nada porque tudo tem… se um dia perderem isso dificilmente saberão gerir a sua vida.
Serei perfeita? Não, erro muitas vezes e são tantos os momentos que me questiono se estarei a agir bem, a educar bem. Enfim, não sei, mas questiono-me e esforço-me, como tantos pais por este mundo fora. Tenho pena de não poder fazer o mesmo por tantas crianças por aí.
Isto fez-me lembrar a letra de uma musica que reza assim: you may not change the world, but you can change a vote...