update

É oficial: o meu J. já anda, de uma semana para a outra começou a andar, primeiro alguns passos timidos, agora já faz o corredor sozinho. Mas esta proeza já tem uma semana.
Confesso que ando com a cabeça noutras coisas e tenho feito poucos registos deste género.
Agora vamos de férias, para fora cá dentro, para o Algarve.
Espero que o tempo dê para fazer uma praia com as crianças.

Entretanto, as notícias sobre o estado de saúde da minha mãe são más. E é por isso que a minha cabeça está noutro sítio, embrulhada em outros assuntos.

Férias

Este blog vai entrar de férias entre 1 de Julho e 15 de Julho.
Boas férias.
Para nós também.

Prós e Contras da minha vidinha profissional

Situação actual:
# categoria profissional de Dr (ui-ui)
# altamente desmotivada
# a quase 60km de casa (hora e meia de trânsito, para lá e depois para cá, nos dias bons, ou seja 3h)
# sem ambiente de trabalho
# ordenado: não tá mal, considerando a situação actual do País

Altamente improvável situação futura:
# categoria profissional Administrativa
# para já, motivada
# a 15m de casa
# com perspectiva de vir a ter algum bom ambiente de trabalho
# ordenado: metade, é isso mesmo, metade (portanto mau, mau para mim, mas quiçá adequado para a função, sei lá)

E agora, se ligarem a dizer que sim (não acredito muito, porque são montes de cadelas a um osso - mas como diz o povinho, a esperança é a última a morrer), o que faço?
Help, anyone?

*********
Adenda: decidiram por mim, não, não fui seleccionada. A procura continua!!!

=\

Já deu para perceber pelos últimos posts que estou a precisar de férias, não é?

Está quase, está quase.

A anedota deste País #4

Vamos lá acompanhar a nossa selecção, TODOS ok?
Bora lá, sentarmo-nos à hora dos jogos e lixarmo-nos para o resto, ok?
Sinceramente, acho incrível como estes senhores ainda acham que têm razão.
Fizeram uma sondagem aos grupos parlamentares, percebem uma sondagem... ui, ui

E se Portugal não passar para a fase seguinte da competição, que tal acompanharmos depois as outras selecções? Afinal, nós portugueses somos um povo tão afável e tal...

Anedota deste País #3

Com algum atraso da minha parte, felicito-me pelo facto das urgências pediátricas permanecerem abertas 24h por dia.

Agora, curiosa, esta dança de diz hoje uma coisa, amanhã outra.
Já não basta de incertezas?

E imaginemos, todos nós, como será viver no interior deste nosso país, em que os centros de saúde fecham, os hospitais se não fecham para lá caminham. Nós aqui tão perto de Lisboa revoltámo-nos (e bem), os outros que vivem fora dos grandes centros urbanos há muito que sentem isto na pele.

É revoltante.

A anedota deste País #2

Setúbal tem problemas em assegurar urgência pediatrica, Barreiro não

Este País é uma anedota (de muito mau gosto)

Na passada 4ªfeira, a minha mãe disse-me: Olha que as urgências pediátricas do hospital (do Barreiro) vão fechar, acho que é só à noite, mas tu vê lá isso.

Pensei: belo, mas que belo, mais uma contenção de despesas, a juntar à das escolas que vão "puff" desaparecer por esse País fora em que as crianças já não abundam. Portanto, se já há uma paisagem deserta de gente e de sangue novo, para quê manter lá as escolas? Mas, o Barreiro não é interior, está mesmo aqui pertinho de Lisboa!! é pá! o que é isto? Pronto, agora o pessoal do interior já não pode falar em discriminação, lá lixaram mais um argumento ao povo.

Mas expliquem-me, expliquem-me: os nossos governantes querem que emigremos? Estão fartos de nós, coitadinhos!!! e aqui o povinho a queixar-se. Qual escolas, qual saúde, qual urgências (...) o povinho ou baza ou então mora todo juntinho para que não haja assim tantas escolas com poucas criancinhas e hospitais com poucos doentinhos... não pode ser, os senhores professores e os senhores doutores é que não querem fazer nada, dá-lhes jeito estarem lá no cú de judas ou em locais com uma população saudável q.b.. Desculpem, não pode ser.

5

O meu primeiro filho nasceu, faz hoje, 5 anos.


1 de Junho, Dia da Criança

Hoje celebra-se o dia da criança.
Lamentavelmente muitas crianças não saberão que há um dia a elas dedicado.
Muitas trabalham de sol a sol, em fábricas, no campo, a mendigar, a prostituírem-se, a cometerem pequenos (ou grandes) delitos para alguma outra pessoa, seguramente um adulto, que possivelmente terá filhos.

Quem não conhece (ou já ouviu falar) pelo menos uma criança que foi/é negligenciada, maltratada, abandonada?

Vivemos num país em que as crianças (com menos sorte) são abandonadas em instituições da responsabilidade do Estado (que bem ou mal) as acolhe, por anos e anos, sem planos de inserção em novas famílias que as amem como merecem. Na nossa lei, a família prevalece sobre os direitos das crianças e jovens.

Enquanto esta situação não acabar, enquanto existirem crianças por adoptar, crianças a sofrer sem o apoio daqueles que as devem proteger e amar, à mercê de um Estado cego que respeita a lei mas não os seus direitos, enquanto esta situação não acabar, ninguém, ninguém pode dormir descansado.

Enquanto os nossos filhos dormem com a barriga saciada e o coração cheio, outras crianças vivem o oposto, pesadelos que não queremos conhecer (sob o risco de ensandecer).

Mas e nós, eu, tu, quem somos, senão o Estado?