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O P. nasceu faz hoje 3 anos, 3 meses e 3 semanas.

E até hoje nunca registei como tudo aconteceu. Não importa o passar do tempo, nunca esquecerei os dias que antecederam o seu nascimento e a aventura da madrugada de 1 para 2 de Junho de 2005. Mas vistas bem as coisas, hoje apetece-me descrever sucintamente os factos mais marcantes:

- último CTG dia 31 de Maio 2005: tudo bem com o bebé. O toque revela um útero ainda muito verde. Veredicto da GO, cesariana em Santa Maria no dia 2 de Junho. NÃO!!!!!

- Dia 1 de Junho: comunico na empresa que no dia seguinte já não irei trabalhar, o P. vai nascer. Organizar as coisas em falta. Uma reunião ao fim da tarde. Regresso ao escritório às 19h com umas dores incómodas (é nervos, isto é nervos, dizia eu). Pus-me à estrada e de vez em quando uma dor… chegada a casa, duche… ligar à médica. Ir ao consultório assim que possível. Novo toque…. Hum isto é capaz de evoluir para parto normal, vai andar, comer qualquer coisa e regressa às 23h para vermos isso, diz a GO. Andei, andei, encolhia-me e punha-me de cócoras em plena rua principal do Barreiro… ai, ai. Veredicto da GO: vais para Santa Maria às 3 da manhã, eu entro às 9h da manhã e faço o parto.

- Madrugada de dia 2: em Santa Maria mais um toque, um CTG, ainda está muito demorado diz uma médica, regresse quando já não aguentar as dores. Eu digo ao R. aqui não fico, nem pensar. Fomos para casa (não relato a viagem de regresso, mas para terem uma ideia: 50 km/h mais ou menos na auto-estrada, eu berrava assim que o R. tentava acelerar, coitado).
Em casa, sem posição, andava pela sala… o R. tentava dormir. Às 6h manhã digo R. vamos para o Hospital do Barreiro, já não aguento mais.

- Dia 2 de Junho: sem dilatação, mas com o colo do útero já “apagado” dei entrada às 7h na maternidade do Hospital do Barreiro. Preparação. Box. Ligar o CTG, etc. Papá pode fazer companhia à mamã. O tempo não passava, a cada toque a pergunta, então Sr(a). Dr(a) como está tudo? Resposta: Ai filha, ainda muito demorado.

14h: já é possível a 1ª dose da epidural. A anestesista comenta: hum, não sei se isto ficou bem, alguma coisa mandem mensagem para o bip… passados uns bons minutos penso: não acredito, devo fazer parte daquela pequena percentagem de pessoas a quem a epidural não faz efeito, ora que sorte.

15h/15h30: desespero total. Penso não vou aguentar. Apesar das dores, o cansaço é que me estava a deixar ficar mal.

16h: uma enfermeira resolve falar com a anestesista. Segunda punção e… ah, abençoada pensei eu.

18h: bolsa das águas rebenta. R. toca a campainha, por favor. Passados uns breves minutos entram 2 enfermeiras, uma delas diz muito bem mãe já falta pouco, agora é fazer força quando dissermos. Mas eu fazia força mal, o cansaço não ajudou, mas o R. foi precioso, ajudou-me muito, muito.
Força mãe está quase, já o vi e tem muito cabelinho, diz uma enfermeira. E eu que idealizei o bebé sem cabelo… enfim! Força, força, força mas nada. Uma pequena “ameaça”, bem mais uma vez se não der vamos chamar o obstetra. E eu penso, então depois de tudo isto, fórceps ou ventosa? Não.

Às 18h45 nasce o P.
O R. viu-o primeiro.
Eu vi um pezinho… só depois a sua carinha.
Parecia um chinesinho com o cabelinho muito escuro.
O meu príncipe estava ali ao meu lado.

E o P. já tem 3 anos. O tempo voa. Que saudades do P. pequenino, mas todos os dias olho para ele e sei que ele será sempre o meu pequenino.
Algumas mães têm dificuldade em cortar o cordão umbilical... sou uma delas, confesso, não tenho pressa :)

1 notas:

zarah disse...

que doce :)
muitos dias felizes para ti e para o teu pequenino!