Reflexão #6

Ando às voltas com um assunto que me irrita solenemente e que, vira e mexe, teima em vir à baila. A temática do género feminino. Já desabafei isto com algumas (poucas) pessoas, mas hoje tenho de tornar “pública” esta minha opinião politicamente incorrecta. Serei seguramente crucificada por alguns mas não quero saber.
Sabem quantos emails e afins já euzinha recebi sobre o tema Mulheres? Falo daqueles emails em que alguém, bem-intencionado, se lembrou de escrever que nós mulheres somos maravilhosas, que nos sacrificamos todos os dias e mais não preciso dizer, estarão neste momento a reconhecer o conteúdo dos mesmos, certamente.
Não questiono a sua veracidade, não me cabe a mim validá-la sequer, mas há coisas que me deixam perplexa. Segundo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de Dezembro de 1948, no seu ARTIGO 1.º está escrito para quem queira ler: Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Pessoalmente, acho que seria mais construtivo para todos (homens e mulheres) se nos esforçássemos por compreender e aceitar. Idiossincrasias todos temos, algumas eventualmente inerentes ao nosso sexo, aceito, mas isso faz de nós mulheres melhores ou piores? Não penso que assim seja, o sermos XX ou XY é um acaso da natureza. Considerem o seguinte: Um ser humano possui 46 cromossomas (23 pares: 22 mais um par sexual, XX ou XY, respectivamente, mulher ou homem). Durante o acto sexual, o homem liberta espermatozóides (células vivas) que se encontrarão com um óvulo (outra célula viva) da mulher. Nenhuma destas células vivas é ainda humana; são células sexuais. O encontro de ambas dá origem a uma única célula com 46 cromossomas: 23 pares, sendo um deles, sexual (XX ou XY).