O M. da P.

No próximo Domingo (dia 11) faz anos o M. e eu vou ser uma das suas madrinhas de baptismo.
O M. é o menino da minha amiga P. Estou muito contente e orgulhosa por ter sido uma das escolhidas e tentarei, dentro da medida do possível, cumprir com o meu papel de madrinha.
Os amigos são uma das melhores coisas da nossa vida. Por vezes desentendem-se, desencontram-se, mas os verdadeiros continuam mesmo que por vezes não pareça.
Eu e a P. estivemos afastadas durante uns tempos. Para mim foi muito tempo, até porque coincidiu com o nascimento do meu P. e nessa altura precisamos dos que nos são queridos. Não pude partilhar a minha alegria com a minha amiga. Mas tinha a certeza que as coisas mudariam.
Quando soube que a P. estava grávida foi uma excitação, uma alegria enorme para mim. Depois vieram uns tempos complicados para a P., nessa altura reaproximamo-nos e desde aí temos tentado recuperar o tempo. Lembro-me da noite em que o M. nasceu. Soube que a P. tinha ido para o hospital e ao longo do dia a minha amiga não me saiu minha cabeça. À noite, o M. ainda não tinha nascido, liguei para a mãe da P. já muito tarde, noite alta, para ter novidades. Depois finalmente uma mensagem, estava tudo bem com a mãe e com o M. Era uma quinta-feira, não me esqueço. Pensei bem agora só no fim-de-semana é que irei vê-la. Mas não, não podia ser, saí do trabalho, corri para o hospital, fiz um choradinho ao segurança e lá fui ver a P. e o M. Tinha de os ver naquele dia, não podia ser mais tarde. Há coisas que devem ser feitas no momento devido, no momento certo. Algumas serão certamente: estar lá para um amigo, não deixar de dizer amo-te e abraçar aqueles que precisam.